Sexta-Feira na Semana Seguinte a Corpus Christi
Divinas mãos e pés, peitos rasgados Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Chagas em brandas carnes imprimidas, Que para receber-me estais abertos
Meu Deus, que por salvar almas perdidas, E por não castigar-me estais cravados.
por elas quereis ser crucificado.
Outra fé, outro amor, outro cuidado, A Vós, divinos olhos eclipsados,
Outras dores às vossas são devidas, De tanto sangue e lágrimas cobertos,
Outros corações limpos, outras vidas, Que para perdoar-me estais despertos
Outro querer no vosso transformado. E por não devassar-me estais fechados,
Em vós s encerrou toda a piedade, A Vós, pregados pés por não fugir-me,
Ficou no mundo só toda a crueza; A Vós, cabeça baixa por chamar-me,
Por isso, cada um deu do que tinha. A Vós, sangue vertido para ungir-me,
Claros sinais de amor, ah saudade! A Vós, lado patente, quero unir-me,
Minha consolação, minha firmeza, A Vós, preciosos pregos, quero atar-me
Chagas de meu Senhor, redenção minha! Para ficar unido, atado e firme.
A Vós correndo vou, braços sagrados, (Rahner)
“O Seu coração é o sinal natural e o símbolo do seu Amor sem limites para com a humanidade.”