Roque González nasceu em Assunção (Paraguai), onde estudou no seminário diocesano, sendo ordenado presbítero. Em 1609, entrou para a Companhia. Conhecedor exímio da língua guarani, após um ano de noviciado ajudou na pacificação dos Guaicurus. Depois foi destinado a trabalhar nas missões indígenas e, com grande dedicação, explorou regiões inóspitas e fundou muitas reduções indígenas. Chegou ao que agora é o território do Rio Grande do Sul em 1619. Cativando a simpatia dos Guaranis, não sem correr grandes riscos, fundou diversos aldeamentos. Trabalhou na evangelização e instrução e lutou contra a escravidão dos índios. Conseguiu do governador de Assunção que os indígenas tivessem o direito de recusar trabalhar nas mitas (sistema de escravidão indígena das colônias da Espanha). Para o trabalho de evangelização escreveu um catecismo em guarani. Roque González foi morto em 1628, vítima de um grupo de indígenas instigados pelo feiticeiro Nheçu. Deram-lhe na cabeça com um machado de pedra quando tentava instalar um sino na cabana-capela que construíra. Os indígenas mataram também o Pe. Afonso Rodríguez e queimaram os cadáveres. Dois dias depois mataram o Pe. João Del Castillo com terríveis torturas.
Foram canonizados pelo Papa João Paulo II em 1988.
“Os índios levantaram uma cruz diante da igreja e, tendo-lhes dito a razão por que os cristãos a adoramos, eles e nós nos ajoelhamos. E, embora seja a primeiras nestas terras, espero em Nosso Senhor que será o princípio a partir do qual se levantem muitas outras cruzes.”
