Apóstolo de Munique
Roberto Mayer nasceu em 1876, em Stuttgart, Alemanha. Fez seus estudos no seminário local e foi ordenado em 1899. Ingressou em 1900 no Noviciado de Feldkirch, Áustria, porque os jesuítas estavam proibidos na Alemanha, realizou seus estudos no exterior e, terminados estes, ocupou o cargo de sócio do mestre de noviços. Foi missionário popular até que, em 1912, foi destinado a trabalhar com os imigrantes em Munique, dedicando o resto de sua vida a esta cidade, com especial atenção aos desempregados, famintos e sem casa.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi capelão militar que enfrentava todos os perigos para cumprir sua missão, de tal modo que acabou sendo ferido gravemente a 30 de dezembro de 1916 e teve que amputar a perna esquerda. Recuperado, de volta a Munique, retomou seus trabalhos apostólicos continuando sua especial atenção aos pobres, enormemente golpeados com a crise pós-Primeira Guerra Mundial. Foi diretor da Congregação Mariana de homens. Foi dos primeiros a se dar conta do perigo que o nazismo constituía, tendo declarado já em 1923 a incompatibilidade entre ser católico e ser nazista. Continuou esta luta mesmo depois da subida de Hitler ao poder em 1933. Por isso foi preso várias vezes até que em 1939 foi mandado para o campo de concentração de Sachsenhausen. Tendo-se debilitado suas forças físicas, os nazistas, temendo fazê-lo mártir, a ele que era considerado um herói da Primeira Guerra, libertaram-no e confinaram-no à Abadia beneditina de Ettal, onde permaneceu até o fim da guerra. Voltou então a Munique e foi um defensor de seus compatriotas diante das forças de ocupação. Morreu enquanto pregava sobre o Evangelho das Bem-aventuranças, na festa de Todos os Santos, no púlpito da Igreja dos jesuítas, no centro de Munique.
“Senhor, como queiras, quando queiras, o que queiras, porque o queres.”